Pular para o conteúdo principal

Europa 2018 - Roma!

Esta é mais uma postagem do Blog Família que Viaja Unida...Se você caiu aqui de paraquedas, eu explico: este blog procura ser um registro dos lugares que visitamos em família e também algumas impressões do que vivenciamos ao longo de nossas aventuras. Talvez você encontre alguma informação útil por aqui também...

Boa viagem literária!

Bárbara.

Europa em família: realizando um sonho!

No início de 2018 viajamos para a Europa nas nossas férias de verão, mas em pleno inverno europeu. Nossa maior preocupação era com o frio e no que isso poderia acarretar em termos de deslocamento de um lugar para o outro, bem como nos próprios passeios pelos lugares que visitaríamos. A viagem duraria  30 dias, nos quais visitaríamos a Itália, Alemanha, Inglaterra e França. Planejar bem o vestuário, os passeios, o transporte...Enfim, tudo isso foi feito pensando principalmente no quesito temperatura, e no fato de estarmos levando nossos filhos de 13 e 15 anos na época. Acho que, como 99% dos brasileiros que viajam para lugares frios, nos tornamos clientes da Decathlon, com suas roupas tipo segunda-pele e as com a etiqueta mostrando para qual temperatura havia sido projetada. Ninguém quer passar frio numa viagem destas, não? E o fato é que nossas roupas deram conta. Só que, como repetimos bastante, no final não aguentávamos mais olhar para elas...Rsrs...Basta acompanhar as postagens e as fotos para ver nossas fiêis companheiras de jornada! E, para não negar nosso sangue latino, conservamos nossas jaquetas coloridas, compradas anos antes para ir para Valle Nevado. Afinal, na neve, quanto mais colorido, mais seguro...Cores claras na neve são de fato, invisíveis...Basta ver a propanda de uma estação de esqui. Dá-lhe cores vivas! 

Roma! Nosso portão de entrada para a Europa em família.

Monte Palatino - Roma, Itália.

Mas, voltando à Roma... Como praticamente todas as viagens que fizemos, utilizamos os serviços de uma agência de turismo apenas para a compra das passagens e do seguro de viagens. Todo o restante, como roteiro, transporte interno e reservas de hotéis/apartamentos, fizemos por conta própria, pesquisando muito e lendo muitos blogs também. Com a internet à disposição, e com a possibilidade de ler as avaliações dos hóspedes e viajantes ao redor do planeta, seja no Booking, Airnbnb, ou mesmo no site Reclame Aqui, fica completamente viável fazer essa opção. Mesmo assim, foram horas e horas navegando e discutindo quais as melhores opções, o que de fato valia a pena visitar, quantos dias ficar em cada lugar...E por aí em diante.

Optamos por revezar na questão do transporte, usando ao máximo a idéia de um bom custo-benefício. Usar o transporte público, quando este fosse de qualidade (Berlim, Londres, Roma, Paris). Usar o transporte de aplicativo ou o aluguel de carros (Berlim, interior da Itália e da Alemanha). Ir de trem, quando a questão fosse velocidade e não ligássemos para a paisagem (O Eurostar, entre Londres e Paris, que passa por baixo do Canal da Mancha, ou seja, paisagem zero...). E ir de ônibus, quando o trecho é perigoso para dirigir mas a paisagem vale a pena ( como o trecho entre o Sùd Tirol e Munique, onde usamos o Flixbus). 

Nossa primeira cidade européia foi Roma. Quer um início melhor? A Itália é mais próxima do Equador do que os outros destinos, então, a temperatura deveria ser mais amena, principalmente para quem estava vindo do verão brasileiro. Amena, mas non troppo: temperaturas entre 5 e 15 graus, mais ou menos o que pegamos por lá durante os cinco dias em que permanecemos na histórica cidade de Roma.

Para nós, que amamos história e artes, Roma é de fato um prato cheio. Andando a pé pela cidade, sentimos como deve ser difícil para o romano que deseja modernidade viver por lá. A cidade é um museu a céu aberto. Respira história. Respira arte e arquitetura. É movimentada, alegre, agitada, colorida. Por um lado negativo, um pouco poluída e com problemas com os imigrantes africanos, em todos os pontos turísticos vendendo bastões de selfie e outros apetrechos. Moradores de rua, pedintes...Também existem por lá. Num número bem menor do que no Brasil, mas mesmo assim, sensibilizam a gente, principalmente quando pensamos que os países europeus são mais ricos. Mas não é bem assim...

Uma dica importante que descobrimos já em Roma é que comprar ingressos e pacotes antecipados para as atrações é uma grande farsa. Os preços são maiores, e nem sempre o que dizem que funciona, é verdade. Existem muita enganação...Eu havia feito as reservas da Guesthouse onde ficamos, com a promessa de que bastava apresentar um q-code, que teríamos desconto nos museus do Vaticano e no Coliseu. Papo furado...Nem sabiam do que estávamos falando...

Onde ficamos: Guesthouse Manzoni, próximo à estação Termini (de metrô) e a 20 minutos a pé do Coliseu. Simples, mas aconchegante. Tinha dois quartos e o banheiro, privativo, e tinha aquecimento, incluindo no piso. Veja foto do local onde era servido o café da manhã, bem simples, mas bem gostoso e com o pessoal bem simpático: 



Primeiro dia: Museus do Vaticano e Capela Sistina.


Aliás, os museus do Vaticano foram nossa primeira aventura em Roma. É lá que fica a famosa Capela Sistina. Para dar o verdadeiro valor às obras de arte, é importante estudar antes de visitar lugares como este. Nosso filho mais velho foi nosso guia principal, pois recentemente havia estudado sobre as obras do Renascimento. Eu também havia estudado, mas foi uma delícia ouví-lo durante todas as visitas que tivemos oportunidade de fazer aos museus de arte pela Europa.

Os Museus do Vaticano são maravilhosos, valem muito a pena. Desde as esculturas greco-romanas até as pinturas modernas, tudo é incrível. Como também visitamos Florença e Veneza, (e Assis, cidade de São Francisco), penso que tivemos uma panorâmica muito boa da arte italiana. Faltaram Bolonha e Milão, por certo... Mas ficaram para a próxima vez...


 A arte dos trecento, cuatrocento e da Renascença italiana. 




 O teto completamente trabalhado, com pinturas magníficas:


   

E o corredor dos mapas de época também é impressionante! Nossos filhos adoraram. Principalmente o mapa de Veneza e da Itália antiga.



 E é claro, a lição de história da arte mais importante da visita ao Vaticano, a Capela Sistina, sendo o Juízo Final sua pintura mais importante. Na Capela é proibido tirar fotografias, pois é considerado um lugar sagrado. Assim, ao final da visita, adquirimos um livro com a história e as imagens da Capela:

Detalhe da capa do livro "The Sistine Chapel", da Editora dos Museus do Vaticano.

Para saber mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_Sistina. 

Segundo dia: o Coliseu e o Monte Palatino

No segundo dia fomos ao que eu considerei os lugares mais importantes que visitamos em Roma: o Coliseu e o Monte Palatino, ou monte dos palácios. São centenas de anos de história concretizadas em construções e ruínas muito bem cuidadas, testemunhas da grandiosidade, por um lado, e da violência e bestialidade do ser humano. 
O Coliseu foi construído no primeiro século depois de Cristo ( 68 a 79 d.C., nos impérios de Vespasiano e de Tito). Abarcava dezenas de milhares de espectadores ( em torno de 65 mil). Um verdadeiro estádio de futebol! Só que o espetáculo era outro: lutas de gladiadores, encenações militares, execuções...Ou seja, muito sangue. Depois, chegou a ser utilizada até como moradia real.

Vista do Coliseu, do Arco de Constantino e da via sacra, que leva ao Monte Palatino. 

Arco de Constantino
O Monte Palatino é um dos lugares mais impressionanttes que visitamos durante nossos 30 dias pela Europa. São centenas de anos de história, e ruínas que incluem templos aos deuses, quanto as moradias dos imperadores e da nobreza. Para entender melhor a importância do Monte Palatino para Roma e para a História, leia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Palatino.








As dicas para visitar este lugar magnífico é: sapatos confortáveis, e coma antes de entrar, pois precisa de no mínimo quatro horas para conhecer o lugar a contento. Nós não nos informamos antes e acabamos passando do portão logo após a visita ao Coliseu, bem próximo do horário do almoço, na esperança de almoçar lá dentro. por sorte, tinha aquelas famosas máquinas de salgadinhos e refrigerantes por lá...Então, nesse dia, nossa janta é que foi bem reforçada:

Pizza!

Saladinha...Mas repartimos a pizza e o macarrão com ele...Ufa!

Macarrão à Carbonara,

Macarrão à Bolognese.

Terceiro dia: Basílica de São Pedro e passeio a pé por Roma.


Em nosso terceiro dia, fomos à Basílica de São Pedro. Lá, fica a famosa escultura de Michelângelo, a Pietá: 

Por Stanislav Traykov - Edited version of Image:Michelangelo's Pieta 5450 cropncleaned_edit.jpg), CC BY 2.5, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3671324

A Basílica de São Pedro é bastante impressionante. Além das dimensões, o que mais impressiona é a quantidade de obras de arte, e a própria simbologia que essa catedral e o papa representam para os católicos. Nas quartas-feiras a missa papal é aberta ao público, e são realmente milhares de cadeiras dispostas na praça de São Pedro.





Depois da Basílica de São Pedro, nos sentamos em bancos ( como os de praça) ao lado do Castelo Sant`Angelo e fizemos nosso piquenique. Muitas vezes essa cena se repetiria. Em vez de fazer do almoço a refeição principal, preferíamos comer sanduíches ou pizza, para ganhar tempo, pois anoitecia cedo e o frio vinha com força. Deixávamos a refeição quente para a noite. Havia uma moça, que creio ser paraguaia, tocando El Condor Pasa acompanhada da harpa na ruazinha em frente ao castelo, que também acompanhava o Rio Tibre. Ela foi uma das primeiras musicistas de rua que ganhou um Euro de nós...Ou dois, não lembro. Depois dela, outros tantos músicos de rua e de metró cruzaram nosso caminho, em todas as cidades grandes que passamos. 
Castelo Sant' Angelo

Nos informamos rapidamente no Google sobre o Castelo Sant'Angelo, e descobrimos que havia uma exposição medieval dentro, não muito interessante pelo valor da entrada, lembrando que estávamos em quatro pessoas. Optamos por continuar a pé por Roma em direção ao centro, e conhecer outros pontos turíticos interessantes. Assim, fomos ao Panteão, à Piaza Navona, à Fontana de Trevi e à Piaza Venezia, que ficava ao lado do Fórum de Trajano e bem próximo ao Coliseu. Vejam as fotos:


Rio Tibre, próximo ao castelo Sant'Angelo.

Castelo Sant' Angelo - vista da ponte Sant'Angelo.

Piaza Navona - fonte.

Piazza Navona - monumento.

Pantheon, na Piazza de la Rotonda.

Cúpula circular do Pantheon.


Fontana de Trevi.

Piazza Venezia.

Piazza Venezia.

Coluna de Trajano.

Dali, já sabíamos como voltar a pé para nossa guesthouse, Já no dia anterior eu tinha chegado à conclusão que necessitaria comprar um par de tênis...Meus calçados de frio eram bons para o frio...Mas não para passar horas caminhando...Só fui encontrar tempo para as compras em Florença.

Mas Florença já é outra história...

Na próxima postagem, falarei sobre nossa viagem de carro de Roma até Florença, passando por Assis, e nossa breve estadia em Veneza, antes de partir rumo ao Norte da Itália, na região conhecida como "Südtirol", onde descobrimos a beleza das Dolomitas e a incrível sensação de estar rodeado de neve por todos os lados.



Comentários

Postar um comentário

Sinta-se a vontade para comentar, fazer críticas construtivas, elogios e relatos sobre suas próprias vivências. Porém, comentários ofensivos serão recusados pela administradora do blog.

Postagens mais visitadas deste blog

Europa 2020: Heidelberg, Alemanha.

Esta é mais uma postagem o Blog Família que Viaja Unida...Se você caiu aqui de paraquedas, eu explico: este blog procura ser um registro dos lugares que visitamos em família e também algumas impressões do que vivenciamos ao longo de nossas aventuras. Talvez você encontre alguma informação útil por aqui também... Boa viagem literária! Bárbara. Heidelberg - Alemanha: uma cidade encantadora. Em 2020 empreendemos  uma nova viagem em família, com o objetivo principal de aprimorarmos nosso alemão e também de conhecermos algumas universidades e cidades universitárias. Uma das nossas paradas mais longas ao longo de 35 dias, foi a acolhedora cidade d e Heidelberg, no sul da Alemanha, onde passamos cerca de 8 dias.    Fizemos a inscrição em um curso intensivo de alemão ainda do Brasil. Escolhemos a F+U Academy of Languages, localizada no centro da cidade de Heidelberg. Quando chegamos, descobrimos que o curso utilizava diversas salas em dois prédios no centro. Abaixo, a foto de uma das facha

Europa 2020: Frankfurt (antes da pandemia! )

  Esta é mais uma postagem do   blog   Família que Viaja Unida ...Se você caiu aqui de paraquedas, eu explico: este   blog   procura ser um registro dos lugares que visitamos em família e também algumas impressões do que vivenciamos ao longo de nossas aventuras. Talvez você encontre alguma informação útil por aqui também... Boa viagem literária! Bárbara. FRANKFURT AM MAIN Frankfurt am Main é a cidade alemã por onde chegamos e depois, por onde partimos de volta para o Brasil, nesta segunda viagem em família para o continente europeu. Seu enorme aeroporto recebe os voôs vindo diretamente do Brasil. No nosso caso, de São Paulo. Mas o que descobrimos sobre a cidade, a maior do estado de Hessen e quinta da Alemanha, neste tempo em que tivemos oportunidade de circular por lá? Primeiras impressões ao chegar em Frankfurt, ladeando o Rio Meno. Assim que chegamos, nossa primeira missão foi pegar o carro, já alugado a partir do Brasil. Sair dirigindo de lá de dentro, já foi uma grande aventura...

Europa 2018: Londres.

LONDRES! CIÊNCIA, MODERNIDADE, MULTICULTURALISMO!  Esta é mais uma postagem do Blog Família que Viaja Unida...Se você caiu aqui de paraquedas, eu explico: este blog procura ser um registro dos lugares que visitamos em família e também algumas impressões do que vivenciamos ao longo de nossas aventuras. Talvez você encontre alguma informação útil por aqui também... Boa viagem literária! Bárbara. Caminhando pelo centro de Londres. Ao fundo, a famosa London Eye ("Olho de Londres" - roda gigante). Entre todas as cidades e regiões em que estivemos em nossa primeira viagem em família para a Europa, sem dúvida Londres foi a que mais se aproximou do gosto dos nossos filhos, principalmente do mais novo. Penso que o fato do inglês ser um idioma mais familiar (e mais fácil) do que o alemão, francês e italiano, nos fez nos sentimos "em casa"...Outros fatores também podem ter contribuído para essa nossa conexão com Londres: ver pessoas multicoloridas e multiculturais...A Inglater